Senha (distribui os papéis)
Um corpo jogado sobre um banco.
Uma criança rodopiando.
Atendimento.
- “Tchau, tchau, Deus lhe pague”.
Bombardeio.
Somos bombardeados todos os dias,
não somos atingidos por canhões, tampouco pelo fogo, mas pelas pessoas, as
instituições, o governos, os jornais.
Bombardeios que não atingem o
nosso corpo, mas a nossa alma.
Como se tudo não passasse de um
grande terço.
Ave Maria... (fala
freneticamente)
O bombardeio toma outras formas e
aprisionam as pessoas em ideologias falsas, regras e condutas.
Será que isto é o que se passa na
minha alma? Dúvida? Não, não posso ter dúvidas. Apenas a certeza contida no
“Deus lhe pague”.
O bombardeio agora é o hit da
moda. O “leque leque leque” que está nas ruas, nos celulares, nas rádios, nos
carros. Deprimentemente fomos bombardeados.
“Obrigada”. “Deus lhe pague”.
“Fica com Deus”. “Obrigada”. “Vai com Deus”.
Dúvida. Acho que as dúvidas
sempre são bem vindas. “Este é o hit da moda? Copia pra mim que vou colocar no
meu celular”.
Novo velho bombardeio. Índios e
jesuítas: choque cultural de ambos os lados. Sem armas de fogo, sem cortar
cabeças, mas pegando a cabeça de um por um e jogando em uma grande fogueira. O
deus Tupan foi queimado vivo pelos cristãos.
Explosão. Novo Bombardeio. Agora
o alvo sou eu, fui atingido. Dúvida. De quem é a verdade?
A verdade simplesmente não
existe. Nós podemos construí-la.
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